Fundamentação do Projecto

Depois da escolha do tema do Projecto - o Socorrismo - tivemos a necessidade de pesquisar e estudar acerca do mesmo. Nesse estudo, foi mais importante tomar conhecimento da situação actual do Socorrismo na sociedade do que começar a entrar na dinâmica do Socorrismo, aprendendo a socorrer, entre outras realidades, pois isso é o objectivo mais importante que temos neste Projecto visto não ficarmos satisfeitos com o estudo da parte teórica do tema, sendo muito importante para o grupo aprender a socorrer, alcançando esse mesmo objectivo através de uma entidade prestigiada.

Desta forma, procuramos entidades no ramo e deparamo-nos com a famosa e prestigiada Cruz Vermelha, uma entidade com grande expressão no país bem como no mundo. Através de uma reunião com a Coordenadora da Delegação da Cruz Vermelha de Setúbal, a Dr. Rita Esteves, foi-nos aceite a proposta de colaboração desta entidade com o nosso projecto. Nesta mesma reunião, procuramos saber mais acerca da situação actual do Socorrismo na sociedade, bem como de tudo o que o envolve. Disseram-nos de imediato que “existe uma falta enorme de Socorristas em Portugal”. Esta afirmação fez-nos pensar de imediato que tentar alterar esta situação, seria um óptimo objectivo para o nosso projecto. Desta forma, podemos concluir que um possível aumento do número de Socorristas credenciados seria bastante benéfico para a sociedade em geral. Com esta realidade, teríamos mais pessoas preparadas para actuar em situações de emergência médica, o que seria bastante importante - a qualquer momento algo pode acontecer em nossa casa, na escola, no local de emprego… e poucos são os que estão preparados para responder em conformidade. Se todos nós tivéssemos um Curso de Socorrismo, poderíamos, de certa forma, ajudar a salvar vidas. Exemplificando, deparamo-nos muitas vezes com o imenso tempo de espera pelos meios de socorro médico (INEM, por exemplo) e essa realidade pode mesmo ser fatal em casos graves. Supondo que a maioria da população teria um Curso de Socorrismo, muitos eram os casos que passariam a não ser fatais, mesmo existindo uma espera, pois durante esse tempo, um Socorrista tem capacidade para melhorar o estado do acidentado, aplicando diversas técnicas, muitas delas simples, que têm o objectivo de oferecer ao acidentado e á sua maleita, um melhor conforto para que não haja um piorar do seu estado clínico.

Além desta realidade, existe outra situação com que nos deparámos e que faz parte da Fundamentação do nosso Pré-Projecto. Referimo-nos ao facto de, com um aumento do número de Socorristas na sociedade, existir consequencialmente um descongestionamento dos meios de socorro médico visto que, determinadas situações podem ser resolvidas por alguém que saiba como ultrapassá-las. Muitas vezes, os meios de socorro são chamados para resolver situações simples que poderiam ser resolvidas por Socorristas. Na Cruz Vermelha Portuguesa, foi-nos dito que “com maior número de Socorristas na sociedade, os meios de socorro médico poderiam salvar mais pessoas, diminuindo o número de casos que acabam por ser fatais, devido ao grande congestionamento destes meios”. Com isto, comprovamos a importância deste tópico inserido na Fundamentação do nosso Pré-Projecto.

Por outro lado, e em forma de conclusão, podemos completar que seria da máxima importância investir na promoção de acções que sensibilizem a população para a necessidade de mais formação na área, pois a ideia de Socorrista já existe há um tempo no nosso país, mas não é tomada como algo tão importante como aquilo que é. Através da Cruz Vermelha, foi-nos dito que “Portugal ainda não leva muito a sério o Socorrismo, ao contrário da grande maioria dos países desenvolvidos que o suportam ao máximo e onde grande parte da população tem a obrigatoriedade de ter um Curso de Socorrismo”. Finalizando, tudo o que fundamenta este Projecto pode ser posto em prática, tentando alterar a situação actual do Socorrismo a nível nacional, proporcionando um melhor país e a modificação desta conjuntura é, claramente, o nosso principal objectivo – “Um Cidadão, Um Socorrista”